No domingo passado, O Fantástico transmitiu mais um trecho da entrevista com Larissa Manoela, abordando a discussão entre ela e seus pais. Um momento marcante foi destacado, envolvendo uma conversa entre a atriz e sua mãe na noite de Natal de 2022. Durante essa conversa, Silvana aconselhou a filha a esquece-lá.

Após dizer “você fez as suas escolhas e eu também”, Silvana, cinco minutos depois, volta para a conversa e completa: “Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk”.

Larissa Manoela vem de uma família onde o pai segue a fé evangélica e a mãe, a católica. Durante sua infância, ela frequentou um colégio adventista, que está afiliado à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Durante diálogos com Larissa, seus pais demonstraram desaprovação em relação à religião praticada por André, o namorado da atriz. Enquanto a família dele segue os ensinamentos do espiritismo de Allan Kardec.

Na terça-feira, 22, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro anunciou a abertura de uma investigação em relação a Silvana Taques, mãe de Larissa Manoela. Essa investigação se baseia em uma possível atitude de intolerância religiosa. A notícia-crime foi apresentada pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio de Janeiro, representada pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap). O foco da investigação está nas acusações de racismo religioso, conforme estipulado pela Lei 7.716/1989.

Essa investigação surge após conflitos públicos entre Larissa Manoela e seus pais a respeito do controle financeiro de seus ativos. No meio dessas tensões, veio à tona uma conversa entre Larissa e Silvana, na qual a mãe fez um comentário desrespeitoso sobre a religião da família de André Luiz Frambach, noivo da atriz.

Carlos Nicodemos, advogado da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e um dos responsáveis pela apresentação da notícia-crime, esclareceu que, nessa fase inicial da investigação, estão sendo reunidas as primeiras evidências para determinar a viabilidade do caso. Se houver indícios sólidos, a Justiça pode ser acionada por meio de uma denúncia formal, o que poderia levar a um julgamento penal.

Caso a culpabilidade de Silvana seja comprovada, ela poderá enfrentar as penalidades estipuladas na Lei 7.716/1989. Essa lei prevê uma pena de reclusão que varia de um a três anos, além de uma multa, para aqueles que praticarem, induzirem ou incitarem a discriminação ou preconceito relacionados a raça, cor, etnia, religião ou origem nacional.

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